A Bossa Nova é Foda – Caetano Veloso
Abraçaço (2012)
Direção de Fernando Young e Tonho Quinta Feira
“Caetano consegue, em Abraçaço, como nas canções tropicalistas, unir o comentário crítico, evocado nas letras, com a canção pop, e permite uma assimilação entre texto e som, que pode ser cantada, decorada, repetida. No entanto, o desgaste natural da reprodução que a canção menos experimental nos impõe, em Caetano, é o que nos incita a reouvir a música, não para cantá-la, dessa vez, mas com a intenção de decifrá-la. Procurar compreender a tese que Caetano defende sobre a agressividade presente na Bossa Nova não deve ser tarefa fácil. É preciso reler o tempo, mudá-lo. João Gilberto, o “bruxo”, Bob Dylan, o “bardo” e Carlos Lyra, o “magno”, são as primeiras chaves dadas por Caetano na letra da música para decifrarmos a canção.” – Trecho de artigo sobre a canção A Bossa Nova é Foda.
o sentimento que a bossa nova trouxe e traz, numa sofisticação do jaz à época
por gente de expressão, muito além do seu tempo e brasileiros
faz lembrar o encanto com que o americano vê o mundo…
o seu universo particular em que encontra na bossa nova
um movimento musical surpreendente e único
foram eles que difundiram este acontecimento chamado bossa
para caetano, foi muito feliz a comparação do espanto
porque é um elogio simplório
uma espécie de declaração em meio a conversa na rua
tomando um chimarrão dizer
pô, a bossa nova é foda…
sem nenhuma pretensão erudita, se precisasse
aí sim, como ver um lyotto machida (um samuray) entre outros
brasileiros com talentos diferentes e admiração americana